Marketing com podcast e videocast: como usar na construção civil?

Podcasts e videocasts já se consolidaram como veículos de informação e entretenimento no meio digital. O sucesso desses formatos atraiu a atenção de empresas e profissionais para ampliar sua presença nas redes e se posicionar como produtores de conteúdos relevantes para seus públicos-alvo.

Além de patrocinar podcasts e videocasts já consagrados, muitas empresas apostam na produção própria de conteúdo, incorporando esses formatos às suas estratégias de marketing. De fato, são soluções que agregam valor à audiência, dadas as suas características informativas e educativas.

Qual a diferença entre podcast e videocast?

Os podcasts são programas produzidos e gravados exclusivamente em áudio, e distribuídos em diversas plataformas de streaming, como Spotify e Deezer. Entre os gêneros mais comuns estão as entrevistas e os documentários. Versáteis como o rádio, podem ser consumidos por qualquer pessoa enquanto dirige, malha, lava louça etc.

Os videocasts são programas com registro em áudio e vídeo e podem ser gravados ou transmitidos ao vivo, geralmente em um estúdio com apresentadores e convidados. Entrevistas e reacts são dois gêneros comuns nesse formato. Sua produção é um pouco mais complexa, exigindo operadores de câmeras e de edição instantânea, além de um cenário básico. A vantagem é que a gravação bruta pode dar origem a diversos cortes para reprodução nas redes sociais – além de poder ser transformada em podcasts distribuídos nos agregadores mencionados anteriormente.

Como fazer um podcast?

Em resumo, a empresa que deseja fazer um podcast como ferramenta de marketing deve seguir as seguintes etapas:

1. Definição do objetivo: é o momento em que a empresa deve avaliar como esse formato se encaixa na estratégia de divulgação de sua marca ou produto. O programa em áudio é o mais adequado para transmitir sua mensagem? De que forma a iniciativa se integra às demais ações de marketing de sua empresa?

2. Definição do formato: em um momento mais avançado, parte-se para uma pesquisa de referências. Quais modelos se adequam aos seus objetivos? Há exemplos, no Brasil ou exterior, de podcasts de empresas do mesmo setor? O que funciona e o que não funciona para a sua marca? Quais serão as pautas abordadas? Quem vai apresentar? Qual a periodicidade? Quantos episódios serão gravados? Qual a duração?

3. Programa piloto: é o momento de testar as decisões tomadas nas etapas anteriores. Podem ser necessários alguns investimentos, como compra de microfones, aluguel de estúdio e licenças de ferramentas. Na prática, surgirão questões não previstas e que podem demandar ajustes durante as gravações “pra valer”.

4. Produção: É o momento de planejar cada episódio, definir roteiros e agendar a gravação/transmissão com os apresentadores e convidados. Se possível, vale reservar um tempo para ensaios com a equipe diretamente envolvida na produção, especialmente antes dos primeiros episódios.

5. Edição: É o momento de editar as faixas de áudio, gravar e inserir vinhetas e trilhas e escrever resumos e descrições dos episódios para os agregadores de podcasts.

6. Publicação: Com os arquivos de áudio e texto prontos, os episódios são publicados em um serviço de hospedagem em nuvem. O Soundcloud tem um plano gratuito que permite publicar até 3 horas de gravações. Para distribuir nos agregadores, é necessário criar uma conta em cada plataforma.

7. Divulgação: Hora de espalhar a notícia e colher os frutos da audiência. Pode-se criar uma landing page específica para o podcast, e direcionar para ela os links de email marketing, redes sociais e anúncios patrocinados. O usuário pode ouvir o conteúdo na própria página ou ser direcionado para uma (ou mais) plataforma(s) de streaming.

Como fazer um videocast?

As etapas de produção de um videocast se assemelham muito às de um podcast. As duas primeiras etapas são idênticas. Já no programa piloto, será necessário pensar com mais carinho no cenário e nos equipamentos: caso a empresa opte por produzir a transmissão internamente, provavelmente serão necessárias três câmeras, uma mesa de corte, um notebook, um monitor e um técnico para operar tudo.

Há estúdios em São Paulo que oferecem infraestrutura completa - incluindo apoio profissional - por diárias ou meias-diárias de locação. Na etapa de edição do conteúdo, vale lembrar que devem ser preparados cortes em formato vertical com os melhores momentos - geralmente com duração de 30 segundos - para divulgação em redes sociais (Reels, Stories, TikTok etc.). Uma faixa de áudio deve ser preparada para distribuição como podcast, e os vídeos hospedados em plataformas como YouTube ou Vimeo.

Ideias de podcast e videocast para a construção civil

A recomendação inicial - que pode ser avaliada caso a caso - é que a empresa não faça um podcast ou videocast para apresentar diretamente seu produto ou serviços, suas vantagens e benefícios. É uma abordagem demasiadamente comercial, que pode afastar a audiência.

Em vez disso, ofereça um conteúdo de valor a quem ouve/assiste, que possa ter alguma aplicação prática no dia a dia. Veja alguns exemplos:

• Um fabricante de telhas termoisolantes pode produzir podcasts sobre cuidados para garantir o conforto térmico em construções residenciais. Arquitetos, construtores e especialistas na NBR 15.575 – a Norma de Desempenho – poderiam trazer bons insights para a audiência.

• Uma empresa de blocos de alvenaria estrutural pode produzir programas sobre as boas práticas em obras com o sistema. Produtividade, soluções de projeto e cases de sucesso são ótimos caminhos a explorar.

• Fabricantes de tubos e conexões podem explorar temas como ruídos em tubulação de esgoto, boas práticas em instalações de água quente, soluções para reúso de água, como evitar patologias em instalações hidrossanitárias, entre outras opções.

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